quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Walt Whitman - sua vida e pensamento



2524
Ed. 1970

Cap. I - Um relance pela América do seu tempo (séc. XIX)
Cap. II - 1819-1892  - Os 73 anos de Walt Whitman
Cap. III - «Folhas de Erva»

ANTOLOGIA

Selecção de poemas de «Folhas de Erva»

Deste grande poeta americano diz Czeslaw Milosz:
"Já antes da Primeira Guerra Mundial, toda a poesia europeia sofrera a influência americana por via de Walt Whitman, que, sozinho, praticamente revolucionou a versificação ao esquecer a métrica e a rima em favor do verso livre."
(p 186 do seu livro 2522 já registado neste blogue) 



sábado, 7 de setembro de 2019

A minha Intenção (Czeslaw Milosz); Maçãs Silvestres & Cores de Outono (Henry David Thoreau)


2522
Os ensaios coligidos em A Minha Intenção são uma rica amostra da produção ensaística daquele que é um dos maiores poetas e escritores do século XX. Estes textos percorrem uma parte substancial da sua bibliografia, desde os anos cinquenta até praticamente à sua morte, revelando a enorme diversidade de temas e de géneros de que este extraordinário autor se serviu para descrever a sua particular visão do mundo.
Desde a natureza do que é ser europeu até reflexões profundas sobre religião, filosofia e política, Milosz empresta a cada linha destes ensaios uma análise incisiva e pessoal. A evolução do seu estilo. erudito mas aberto, e da sua personalidade, vincada e idiossincrática, transparecem aqui como talvez em mais nenhuma das suas obras.
Nesta selecção única e inédita, o autor sardónico e mordaz da crítica à sedução do comunismo é também o autor deslumbrado e lírico que conta as suas primeiras viagens pela Europa. O loquaz comentador da identidade polaca e dos seus complexos é também o contido crítico literário. O filósofo é também o biógrafo.

(in contracapa)




2523

A par dos seus textos políticos mais interventivos, Henry David Thoreau celebrizou-se no Nature writing, com escritos telúricos em que a Natureza e a sua sagacidade dão azo a reflexões e inevitáveis comparações com a existência humana. E, no ocaso da vida, o autor polia com esmero os dois breves ensaios aqui reunidos, publicados postimamente em 1862, na revista The Atlantic Monthly.
Em Maçãs Silvestres, o leitor depara com um poético catálogo de espécies, que celebra as virtudes destes humildes frutos, capazes de brotar estoicamente nos recantos mais esquecidos dos bosques, suscitando digressões temperadas por uma lucidez rebelde e refrescantemente espirituosa. Triunfo do natural e do autêntico sobre tudo o que é civilizado, nesses frutos se revê inevitavelmente.
...
Cores de Outono é uma ode a esta estação, um hino a matizes e cambiantes da flora outonal e, sobretudo, ao ritmo digno do mundo natural, avesso ao bulício da civilização. Fragmentos em que Thoreau retira da Natureza supremas lições de vida, Maçãs Silvestres e Cores de Outono ensinam-nos, como o carvalho-vermelho, a almejar por luz e céus limpos, para que o quotidiano não descore; desafiam-nos a ver com olhos de ver e tela de pintor que nos rodeia e, como as folhas caídas a seu tempo, a despojarmo-nos da vida com igual nobreza.

(in badanas)