segunda-feira, 30 de novembro de 2015

O Coro dos Defuntos - Prémio Leya 2015






2204
O Coro dos Defuntos
António Tavares
Ed. LEYA
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Vivem-se tempos de grandes avanços e convulsões: os estudantes manifestam-se nas ruas de Paris e, em Memphis, é assassinado o negro que tinha um sonho; transplanta-se um coração humano e o homem pisa a Lua; somam-se as baixas americanas no Vietname e a inseminação artificial dá os primeiros passos. Porém, na pequena aldeia onde decorre a ação deste romance, os habitantes, profundamente ligados à natureza, preocupam-se sobretudo com a falta de chuva e as colheitas, a praga do míldio e a vindima; e na taberna - espécie de divã freudiano do lugar - é disso que falam , até porque os jornais que ali chegam são apenas os que embrulham as bogas do Júlio Peixeiro. E, mesmo assim, passam-se por ali coisas muito estranhas: uma velha prostituta é estrangulada, o suposto assassino some-se dentro de um penedo, a rapariga casta que coleciona santinhos sofre uma inesperada metamorfose, e a parteira, que também é bruxa, sonha com o ditador a cair da cadeira e vê crescer-lhe, qual hematoma, um enorme cravo vermelho dentro da cabeça. Quando aparece o primeiro televisor, as gentes assistem a transformações que nem sempre conseguem interpretar...
Com personagens inesquecíveis e um recurso narrativo extremamente original, O Coro dos Defuntos é um belíssimo retrato do mundo rural português entre 19689 e 1974.
Contracapa do livro.
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Pórtico do livro:

Aldeia negra, espelho perfeito da Idade
Média rural, essa ignorância, essa rudeza
são bem escusáveis! Não desonram sequer.
Mas, sim, magoa essa alma dura, desumana,
impiedosa que te vão inoculando!

AQUILINO RIBEIRO, ALDEIA
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Sendo este romance evocativo da obra de Aquilino Ribeiro, existem várias palavras usadas pelo mestre. Se não conhecer estes termos, o leitor interessado poderá consultar o glossário no final do livro.


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