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O filósofo, economista e historiador escocês David Hume (1711-1776) levou até às últimas consequências o projecto empirista idealizado por John Locke e George Berkeley. A forma como o atinge implica enclausurar por completo a própria possibilidade da metafísica, entendida como o conjunto de teorias que pretende ir mais além da experiência. Mas Hume é mais do que o estádio último de uma tradição, o pensador que despertou Kant do seu sonho dogmático ou o procedente do positivismo lógico do século XX, como bem se mostra ao longo das páginas deste livro. Em última análise, Hume continua a ser nosso contemporâneo, na medida em que as sociedades ocidentais encarnam muitos dos valores que defendeu, assim como, a outro nível, constitui uma alternativa com a qual confrontar outros modelos sociais.
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