sexta-feira, 6 de abril de 2018

Ensaio sobre os mestres, João Tordo, Adonis,


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João Tordo

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Ensaio sobre os mestres 

... Excertos que podem definir os intuitos deste livro:
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«Quase se não compunha nada senão com excertos dos antigos textos» (Ernest Renan 1873: 315)
«As citações são deslocadas de um contexto para outro, alterando-se nesse movimento quer o ponto de partida quer o de chegada, uma vez que citar é sempre assinalar uma perda de contexto, uma ausência do passado como um todo disponível, e interromper aquilo que seria o contexto actual. Sendo esse o excesso da herança no campo do pensamento, no qual a acumulação não tem a mesma importância que no campo do conhecimento, o modo de citar não deixou de levantar problemas.» (Silvina Rodrigues Lopes 1998: 169).
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«comecei muito cedo, quando tinha 25 anos, a produzir aquilo a que chamava ingenuamente «a minha própria filosofia». Mas esta pretensa criatividade ao fim e ao cabo não passava de uma simples variante da ignorância.» (Gunther Anders 1977: 22).(p 196)




2417
O Arco-Íris do Instante
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«A poesia de Adonis tem a força expressiva que pude admirar nas leituras que o ouvi fazer dos seus poemas, mas se esse aspecto associado à vertente oral da poesia árabe se perde inevitavelmente em qualquer tradução, o que permanece é o pensamento que nela se transmite e também uma forma por vezes narrativa, decorrente da sua inscrição quer na linha ocidental que vem de Baudelaire a Perse, por um lado, e de Rimbaud ao surrealismo, por outro lado, quer numa corrente esotérica que o leva a interrogar a própria língua e os conceitos profundos do ser humano.»
da introdução de
Nuno Júdice

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